Lição da Escola Sabatina


O fim
Sábado à Tarde
Ano Bíblico: Ap 7-9


Domingo
Ano Bíblico: Ap 10, 11


Segunda
Ano Bíblico: Ap 12-14


Terça
Ano Bíblico: Ap 15-17


Mais do que espinhos e cardos

Como todos sabemos, e alguns sabem muito bem, a vida é dura. No Éden, logo após a queda, quando o Senhor mostrou aos nossos primeiros pais alguns resultados da transgressão, foram dados alguns indícios de como a vida seria difícil (veja Gn 3:16-24). No entanto, foram apenas sinais. Afinal de contas, se os únicos desafios que enfrentássemos na vida fossem os espinhos e cardos, a vida seria radicalmente diferente de como é hoje.
Olhamos ao redor, e o que vemos senão sofrimento, doença, pobreza, guerra, crime, depressão, poluição e injustiça? Heródoto, historiador da antiguidade, escreveu sobre uma cultura em que as pessoas lamentavam – sim, queixavam-­se quando um bebê nascia, porque conheciam a dor e o sofrimento inevitável que a criança teria que enfrentar se ela atingisse a idade adulta. Parece doentio, mas quem pode refutar tal lógica?
No livro de Jó, porém, há uma mensagem sobre a condição humana. Como vimos, o patriarca poderia ser considerado um símbolo de toda a humanidade, no sentido de que todos nós sofremos, muitas vezes de maneiras que simplesmente não parecem justas nem adequadas em relação aos pecados que tenhamos cometido. Não foi justo para Jó e não é justo para nós.
Contudo, em meio a tudo isso, o livro de Jó nos ensina que Deus está conosco. Ele sabe. Ele afirma que tudo isso não precisa ser em vão.
Escritores seculares e ateus têm dificuldade para aceitar a insignificância de uma vida que sempre termina em morte. Eles lutam e se esforçam para obter respostas, porém, não chegam a lugar algum, pois esta vida não oferece nada. Há uma filosofia ateísta chamada niilismo, que vem de uma palavra latina, nihil, cujo significado é “nada”. O niilismo ensina que nosso mundo e nossa vida não significam nada.
O livro de Jó, no entanto, mostra uma realidade transcendente, além do nihil com o qual nossa vida mortal nos intimida. O livro nos mostra Deus e uma esfera de existência da qual podemos obter esperança. Ele nos diz que tudo o que acontece conosco não acontece no “vácuo”, mas existe um Deus que sabe tudo o que ocorre e que promete consertar as coisas no final. Sejam quais forem as grandes perguntas que o livro de Jó deixa sem resposta, ele não nos deixa apenas com as cinzas de nossa vida (veja Gn 3:19; Jó 2:8). Em vez disso, ele nos dá a grande esperança de algo além do que é apresentado aos nossos sentidos.
Quais textos bíblicos afirmam explicitamente que temos uma grande esperança que transcende tudo o que este mundo oferece? (Veja, por exemplo, Hb 11:10; Ap 21: 2).
Quarta
Ano Bíblico: Ap 18, 19


Quinta
Ano Bíblico: Ap 20-22


Sexta-feira
Ano Bíblico: Repassar o Novo Testamento
Jesuseapalavra.com
" Ide por todo o mundo
e pregai o evangelho."
                 Marcos 16:15
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Um ser mau

Uma das grandes questões que tem desafiado o pensamento humano é o conceito do mal. Embora alguns filósofos e até mesmo religiosos neguem a existência do mal ou pensem que deveríamos pelo menos abandonar o termo “mal”, a maioria das pessoas não concorda com isso. O mal é real e faz parte deste mundo. Ainda que possamos discutir sobre o que é ou não o mal, a maioria de nós “o reconhece quando o vê”, para usar uma famosa frase de Potter Stewart, da Suprema Corte americana.
Todos os tipos de teorias, antigas ou modernas, tentam explicar a existência do mal. Acreditamos no ensinamento bíblico de que o mal teve origem na queda de um ser criado, Satanás, o que é rejeitado pela cultura popular. Mas isso só é possível se rejeitarmos o testemunho claro das Escrituras, que retrata Satanás como um ser real, que está aí para causar o maior dano possível aos seres humanos.

3. Leia Jó 1:1 a 2:8. Como esses dois capítulos nos ajudam a entender o papel de Satanás quanto ao mal que prevalece no mundo? Assinale a alternativa correta:
A. ( ) No caso de Jó, Satanás não era o originador do mal.
B. ( ) Satanás é o originador do mal, porém, nem todo o mal é causado por ele, pois às vezes colhemos os frutos de nossos próprios erros.
C. ( ) Deus é o responsável pelo mal.
D. ( ) No caso de Jó, Satanás é parcialmente responsável pelo mal.

No caso de Jó, Satanás foi o responsável direto pelo mal, tanto moral (ações do homem) quanto natural (desastres), que sobrevieram a esse homem. Mas o que vemos no livro de Jó não significa necessariamente que todos os exemplos do mal ou do sofrimento estejam diretamente relacionados à obra demoníaca. Como os personagens do livro de Jó, não conhecemos todas as razões para as coisas terríveis que acontecem. Na verdade, o nome “Satanás” nunca sequer surge nos diálogos sobre os infortúnios de Jó. Os interlocutores culpam Deus e Jó, mas nunca o próprio Satanás. No entanto, o livro de Jó mostra quem, afinal, é o responsável pelo mal na Terra.

4. O que os seguintes textos dizem sobre a realidade de Satanás? Ap 12:12; Mt 4:10; Mt 13:39; Lc 8:12; Lc 13:16; Lc 22:3, 31; At 5:3; 1Pe 5:8. Complete as lacunas de acordo com o conteúdo dos textos:
Satanás é um ser _________________, que _________________ e _________________ as pessoas, a fim de fazê-las _____________________ em tentação.

Que exemplos você pode dar sobre a influência de Satanás em sua vida? Como você pode se proteger contra ele?
Jesus e Jó

Estudiosos da Bíblia ao longo dos séculos têm procurado encontrar paralelos entre a história de Jó e a história de Jesus. Embora Jó não seja exatamente um “tipo” de Jesus (como os animais no sistema sacrifical), existem algumas semelhanças. Nelas podemos encontrar outra lição de Jó: o que nossa salvação custou ao Senhor.

6. Compare Jó 1:1 com 1 João 2:1, Tiago 5:6 e Atos 3:14. Quais são as semelhanças?

7. Leia Mateus 4:1-11. Quais são as semelhanças entre Jesus e Jó?

8. Leia Mateus 26:61; Lucas 11:15, 16 e João 18:30. Como esses textos se assemelham à experiência de Jó?

9. Compare Jó 1:22 com Hebreus 4:15. Que semelhança existe?

Esses textos de fato revelam semelhanças interessantes entre a experiência de Jó e Jesus. Jó, naturalmente, não foi perfeito como Jesus; no entanto, ele foi fiel e justo. Sua vida glorificou ao Pai. Jó foi intensamente provado pelo diabo, assim como Jesus. Ao longo de todo o livro, Jó foi falsamente acusado; Jesus também enfrentou acusações falsas.
Há outro aspecto, talvez o mais importante: apesar de tudo o que aconteceu, Jó permaneceu fiel ao Senhor. Jesus também permaneceu fiel, o que trouxe muito mais consequências para nós. A despeito de tudo o que Lhe ocorreu, Jesus viveu uma vida sem pecado, na qual Ele personificou perfeitamente o caráter de Deus. Jesus foi a “expressão exata do” Ser divino (Hb 1:3) e, portanto, somente Cristo possuía a justiça necessária para a salvação, a “justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção” (Rm 3:22).
Por maior que tenha sido o drama de Jó, seu sofrimento e sua fidelidade em meio ao sofrimento são um pequeno e imperfeito reflexo do que Jesus, seu Redentor, enfrentaria em favor de Jó e de cada um de nós, quando Ele, de fato, viesse “e por fim, se [levantasse] sobre a terra” (Jó 19:25).
Marcos 16:15
" Ide por todo o mundo e pregai o evangelho"
Pela fé e não pelo que vemos

1. Leia 2 Coríntios 5:7 e 2 Coríntios 4:18. Que verdades fundamentais são reveladas nesses textos? Como essas verdades nos ajudam enquanto procuramos ser fiéis seguidores do Senhor? Assinale as alternativas corretas:
A. ( ) A fé é irracional; devemos abrir mão da razão se quisermos ter fé.
B. ( ) Devemos valorizar as coisas materiais e as realizações deste mundo, pois ainda não conhecemos as coisas eternas.
C. ( ) Precisamos atentar para o que não vemos, pois o que vemos é temporal e o que não vemos é eterno.
D. ( ) A fé e a razão devem andar de mãos dadas.

O contexto de 2 Coríntios 4:18 se refere ao fim dos tempos, quando seremos revestidos de imortalidade. Essa é uma promessa que devemos aceitar pela fé, pois ela ainda não se cumpriu. Da mesma forma, o livro de Jó mostra que a realidade é muito maior do que aquilo que se vê. Porém, isso não deveria ser um conceito tão difícil de compreender, sendo que a ciência tem revelado a existência de forças invisíveis ao nosso redor.
Um pregador estava numa igreja de uma grande cidade. Ele pediu que a congregação ficasse em silêncio. Por alguns segundos, não houve som algum. Em seguida, ele pegou um rádio e o ligou, passando o marcador pelas estações. Todos os tipos de sons então saíram do rádio. “Deixe-me perguntar”, disse o pregador. “De onde esses sons vieram? Será que eles se originaram no próprio rádio? Não! Esses sons estavam no ar ao nosso redor através de ondas de rádio, ondas tão reais como a voz que lhes fala agora. Mas a estrutura em que somos formados não nos permite ter acesso a elas. Porém, o fato de que não podemos vê-las, senti-las nem ouvi-las, não significa que elas não existam, certo?”

2. Que outras coisas invisíveis (como a radiação ou a gravidade) existem ao nosso redor ? Que lição espiritual aprendemos com o fato de que elas influenciam nossa vida?

Nenhum dos personagens da história compreendia a realidade invisível. Até tinham algum conhecimento sobre Deus, Seu caráter e poder criador. Mas, além das calamidades de Jó, eles não faziam ideia do que acontecia nos bastidores. Da mesma forma, não poderíamos às vezes desconhecer as realidades invisíveis que nos cercam? O livro de Jó, portanto, nos ensina que precisamos aprender a viver pela fé, percebendo nossas fraquezas e a limitação de nossa visão e conhecimento.
Estudo adicional

Ao longo dos séculos, o livro de Jó tem emocionado, iluminado, e desafiado leitores no judaísmo, cristianismo e até mesmo no islamismo (que possui sua própria variante do relato bíblico). Dizemos desafiado porque, como vimos, o livro deixa muitas perguntas sem resposta. Por um lado, isso não deveria ser de tal maneira surpreendente. A Bíblia não responde a todas as questões que ela levanta. Se os temas abordados pelas Escrituras, como a queda da humanidade e o plano da salvação, são assuntos que estudaremos por toda a eternidade (ver O Grande Conflito, p. 678), como um livro limitado, ainda que seja inspirado pelo Senhor (2Tm 3:16), poderia nos dar todas as respostas agora?
O livro de Jó faz parte de um quadro muito maior revelado na Palavra de Deus. E, como parte de um grande mosaico espiritual e teológico, ele nos apresenta uma mensagem poderosa, com um apelo universal, pelo menos para os seguidores de Deus. A mensagem é: fidelidade em meio à adversidade. Jó foi um exemplo vivo das palavras de Jesus: “Aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo” (Mt 24:13). Qual cristão já não enfrentou o mal inexplicável? Qual pessoa, ao buscar ser fiel a Cristo, não enfrentou desafios à fé? Qual filho de Deus, ao buscar conforto, não enfrentou, em vez disso, acusações? No entanto, o livro de Jó apresenta o exemplo de alguém que, ao enfrentar tudo isso e muito mais, manteve a fé e a integridade. E quando, pela fé e pela graça, confiamos nAquele que morreu na cruz por Jó e por nós, a mensagem para nós é: “Vai e procede tu de igual modo” (Lc 10:37).

Perguntas para reflexão
1. Coloque-se no lugar de um judeu que, conhecendo o livro de Jó, viveu antes de Cristo. Quais perguntas essa pessoa poderia ter que nós, vivendo depois de Jesus, não temos? Como a história de Jesus e o que Ele fez por nós nos ajuda a compreender o livro de Jó?
2. Quando você se encontrar com Jó, qual será sua primeira pergunta a ele? Por quê?
3. Quais são algumas perguntas e questões abordadas no livro de Jó que não estudamos neste trimestre?
4. Qual foi o principal conceito espiritual que você encontrou nesse estudo sobre o livro de Jó? Compartilhe suas respostas com a classe.
VERSO PARA MEMORIZAR: “Eis que temos por felizes os que perseveraram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó e vistes que fim o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5:11).

Leituras da semana: 2Co 5:7; Jó 1; 2:1-8; Mt 4:10; 13:39; João 8:1-11; Hb 4:15; 11:10

Chegamos ao final do estudo deste trimestre sobre Jó. Embora tenhamos abordado muitas coisas do livro, devemos admitir que há ainda muito mais a abordar e a aprender. É evidente que, mesmo no mundo secular, tudo o que aprendemos e descobrimos leva a outras coisas que precisamos aprender e descobrir. Se é assim com átomos, estrelas, águas-vivas e equações matemáticas, quanto mais com a Palavra de Deus!
“Não temos motivos para duvidar da Palavra de Deus, pelo fato de não podermos compreender os mistérios de Sua providência. No mundo natural, estamos constantemente rodeados de maravilhas além de nossa compreensão. Deveríamos, pois, surpreender-nos ao encontrar também no mundo espiritual mistérios que não podemos sondar? A dificuldade jaz unicamente na fraqueza e estreiteza da mente humana” (Ellen G. White, Educação, p. 170).
É claro que ainda permanecem mistérios, especialmente em um livro como o de Jó, onde são levantadas muitas das questões mais difíceis da existência. No entanto, vamos considerar algumas lições que podemos tirar dessa história, lições que nos ajudem a, como Jó, ser fiéis ao Senhor em meio a um mundo cheio de problemas.

Alcance pessoas para Cristo: 1. Leve amigos para uma classe bíblica. 2. Forme uma dupla missionária. 3. Ore por cinco pessoas e trabalhe por elas. 4. Visite amigos da comunidade e ore com eles.
Com amigos como esses…

Ao longo do livro de Jó, os três (e depois quatro) homens que foram falar com o patriarca tinham bons motivos. Eles tinham ouvido o que havia acontecido com ele, e foram “juntamente condoer-se dele e consolá-lo” (Jó 2:11). No entanto, depois que Jó começou a falar, lamentando as tragédias que haviam ocorrido, parece que eles acharam mais importante colocar Jó em seu lugar e corrigir sua teologia do que incentivar e levantar o ânimo do amigo sofredor.
Diversas vezes aqueles homens se equivocaram completamente. Mas vamos supor que eles estivessem certos. Vamos imaginar que todas aquelas coisas tivessem acontecido porque Jó as merecesse. Eles poderiam estar teologicamente corretos, mas e daí? Jó precisava de teologia correta ou de algo totalmente diferente?

5. Leia João 8:1-11. O que Jesus demonstrou que faltou em grande medida aos amigos de Jó? Assinale V para verdadeiro e F para falso:
A. ( ) amor, graça e perdão.
B. ( ) percepção da realidade.

Há uma grande diferença entre a mulher adúltera e seus acusadores, de um lado, e Jó e seus acusadores, do outro lado. A mulher era culpada. Embora ela pudesse ter menos culpa do que aqueles que a acusavam, a culpa dela nunca foi questionada, ainda que houvessem circunstâncias atenuantes. Em contrapartida, Jó não era culpado, pelo menos no sentido de culpa alegado por seus acusadores. Porém, mesmo que Jó fosse culpado como essa mulher, o que ele precisava daqueles homens era o mesmo que ela precisava, e também o mesmo que as pessoas sofredoras precisam: graça e perdão.
“Em Seu ato de perdoar essa mulher e animá-la a ter uma vida melhor, resplandece na beleza da perfeita Justiça o caráter de Jesus. Ainda que não use de paliativos com o pecado, nem diminua o sentimento de culpa, procura não condenar, mas salvar. O mundo não tinha senão desprezo e zombaria para essa transviada mulher; mas Jesus proferiu palavras de conforto e esperança” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 462).
O livro de Jó ensina que precisamos dar aos outros o que gostaríamos de receber se estivéssemos no lugar deles. Com certeza, há um momento e um lugar para repreender e confrontar, mas, antes de estudar a possibilidade de tal papel, precisamos nos lembrar humildemente de que nós mesmos somos pecadores.

Como podemos ter mais compaixão por aqueles que estão sofrendo, até mesmo os que sofrem por seus próprios caminhos errados?